19 março, 2009

Novas Mídias

O Allan pediu que eu escrevesse algo relacionado a criação publicitária, vou fazer ressalvas, apesar de ser redatora, eu erro e muito nas vírgulas, então, no decorrer deste texto vocês verão vírgulas que não pertencem ou que deveriam pertencer. Ele pediu que eu falasse de Criação e eu escrevi um outro texto, e se você está lendo esse nesse momento é porque eu desisti do outro e comecei a escrever esse.

Eu vou falar o que acho e como acho, enfim, dar uns pitacos sobre novas mídias, guerrilha, twitter, redes sociais, orkut, Facebook, ARGs, e por que nós, pobres publicitários com um mercado restrito, pouca verba, clientes caretas deveríamos saber disso, por quê? Vai saber, né? Vai que rola?


Vou por partes, primeiro, uma introdução básica, elementar e meio “joanocentrista”, depois, talvez, quem sabe, se o Allan deixar, esperar mais seis meses, e se a galera do blog gostar, eu escrevo mais, eu não sou uma especialista, mas, tudo que existe eu tenho, Twitter, tenho, viciada, Facebook, tenho, amo, trabalhei com links patrocinados, Orkut... tenho,né? Brasileiro sem Orkut, não existe, blog, tenho, Myspace, tenho, e o escambaus, tenho, enfim, pergunta ai, que eu tenho.

Há uns oito meses eu tive uma aula sensacional na ESPM - Rio com um cara chamado Pedro Porto, o cara trabalha na Santa Clara/Nitro em São Paulo e trabalha com guerrilha, sonho de muitos cidadãos, e digo, inclusive, a pessoa que vos fala. Ele falou várias coisas legais e eu vou citar algumas.

Ele contou uma série de cases, estratégias, várias histórias fantásticas de clientes maravilhosos, mas, nós perguntamos, e clientes com pouca verba? Pois é, o cara tinha um cliente com pouca verba (para os padrões paulistas de pouca verba) e fizeram algo gigantesco com uma campanha de viral no Youtube, com algumas inserções em TV baratíssimas (de graça até, acho) de 15’’, mas o principal meio era o Youtube e o boca a boca, algo que se esperava um retorno, rendeu 400% mais, ou algo assim, virou case de sucesso, e criaram uma linha de produtos a partir desse produto.

Durante o meu curso na ESPM tivemos que encarar alguns briefings fictícios de produtos reais que pediam que a gente pensasse em ações diferenciadas, ações em internet, guerrilha, novas mídias, não porque somos moderninhos, mas, pelo seguinte fato, e acho que você já sabe disso, essas mídias são, normalmente, muito, muito mais baratas do que mídias tradicionais, são muito mais precisas em atingir um target determinado do que as mídias tradicionais, e você tem uma resposta imediata, ou quase imediata, e além do mais geram um buzz (nome americano hypezinho pro nosso famoso boca a boca) tremendo.

Olha só, vamos a um exemplo, você ficou encarregado de uma campanha, o cara tem pouca verba, mas é mente aberta, vai confiar em você, e você, muito esperto, sugere que, ao invés de gastar toda a verba do cara em televisão e colocar alguns anúncios em permuta no jornal, seja feito um blog, comunidade no orkut, uns links patrocinados, porque se vender ao mundo capitalista do Google, é necessário, e o que mais você achar que ele precisa (com relevância) e o essencial, fazer com que os consumidores tenham experiência com essa marca, que eles fiquem encantados com aquilo e passem pra frente, e coloquem no Youtube e mandem para o amigo ver, participar, que falem dela, e falem bem. E ai, você, meu jovem, minha jovem, vai ter conseguido atingir o que propôs inicialmente, o cara ganhou horrores e manteve a conta com você, ótimo, não?!

Ah, mas, ninguém aqui em Rondônia quer fazer isso, você não pensou isso, pensou?! Se pensou, bom,quando eu trabalhava em Porto Velho sugeríamos mídias alternativas, algumas bem bobas e elementares, e os clientes faziam e elas davam certo, na maioria das vezes. Se você levar uma proposta legal, dentro do conceito, com embasamento e mostrar que vai dar resultado, principalmente financeiro, a tendência é conseguir fazer sua açãozinha bacana, se não, leiauta assim mesmo e põe no seu portfólio, azar o dele.

Lógico que, criação exige Planejamento (com maior pêzão, pra você sentir a importância do Planejamento na Criação), e você não vai usar essas ferramentas sem relevância, sem conteúdo, conteúdo é fundamental e para cada mídia, cada idéia, você pode usar uma forma pro seu conteúdo, bom, me despeço, tô achando que exagerei e lembre-se grandes poderes exigem grandes responsabilidades. 

Escrito por: Joana Mendes23 anos, redatora – pós em Criação ESPM - Rio, e pós em Design Estratégico no CRIED.

2 comentários:

Anjo de Justiça disse...

Muito Bacana seu texto, eu não sei como está ai em PVH, mas aqui em Rio Branco a mentalidade dos nossos "empresários" tem que melhorar muito ainda quanto a mídia, aqui nem se fala em mídia alternativa, se falar em blog, site de relacionamento ou qualquer outro meio atual, vão dizer que isso é coisa de criança, pena, mas um dia melhora, aqui por enquanto eles ainda estão apenas fazendo vídeo de 150 reais e querendo dividir os 20% da TV, com o agenciador deles, publicidade aqui ainda é só TV e rádio, quem sabe um dia a profissionalização chegue aqui também.
Marcos Lima
Pós: Design Estratégico pelo IED, CRIED.

Fabuloso disse...

Acato as palavras da companheira comunicadora e vou além, pois para mim, PP não significa Publicidade e Propaganda, mas sim Planejamento e Pesquisa. Me chamem de louco ou de quadrado, mas me chamem! Dane-se!

Se me chamaram de louco até concordo e se me chamaram de quadrado, não concordo, mas como comunicador respeito sua opinião.

A verdade é que o mercado da comunicação de Porto Velho tem evoluído muito é só parar para analisar o cenário de um ano pra cá não só na publicidade, mas como no jornalismo. Empresas grandes se instalam no mercado com outra mentalidade sobre publicidade, uma mais palpável e desejável, diga-se de passagem, com percepção de investimento e não gasto ou possivelmente a de gasto com retorno de médio à longo prazo. Seja qual for o veneno escolhido, no final, o resultado é o mesmo, a evolução da comunicação. Ainda não está onde queremos, mas só o tempo dirá o que vai acontecer daqui para frente. Quem sobreviver, verá!

Não se iludam com as minhas observações, analisem o mercado e tirem suas próprias conclusões, afinal, cada louco com as suas louquices!

falous!